Durante os 366 dias de 2024, o mercado de comércio exterior (COMEX) enfrentou diversos desafios e transformações. O ano apresentou oscilações, mas também ressaltou a importância de buscar constantemente a evolução e a modernização do setor. Esses desafios podem ser minimizados com adaptações às mudanças e com o apoio de empresas especializadas, como a Libraport.
Em 2024, o Brasil alcançou um total de 262 bilhões de dólares em importações e 337 bilhões de dólares em exportações. Em relação a 2023, houve uma redução de 0,9% no comércio exterior brasileiro, mas o estado de São Paulo se destacou, superando a tendência de queda, com um crescimento de 118 bilhões de dólares em exportações. A indústria extrativa e a agropecuária foram os principais setores impulsionadores desse desempenho.
Na exportação, os setores químico, automotivo e de alta tecnologia se destacaram. No setor automotivo, o aumento de 108% na importação de veículos elétricos reforçou a tendência global de mobilidade sustentável. Mais uma vez, São Paulo liderou as operações de exportação, destacando-se como o principal hub de carga do país.
Os desafios do COMEX
Em relação aos desafios enfrentados no último ano, a crise do transporte marítimo foi um dos principais pontos. Como já explicado por aqui, os portos e locais de recebimento de cargas enfrentam um momento de saturação. Além disso, as questões geopolíticas, como os conflitos externos, exigiram a criação de rotas alternativas, impactando diretamente nos custos de importação. A situação reafirma a necessidade de investimentos e modernização no setor de COMEX.
No entanto, 2025 já se iniciou, e as expectativas para este novo ano são altas. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), as projeções para 2025 indicam que o Brasil alcançará o segundo melhor resultado para importações e exportações desde 1997.
As exportações brasileiras devem variar entre uma queda de 5% e um crescimento de até 7% em comparação com 2024. Já as importações, podem apresentar uma redução de até 1% ou um aumento de até 7%. Contudo, como ocorreu no ano anterior, o mercado de COMEX pode continuar a oscilar, enfrentando desafios relacionados ao transporte aéreo e marítimo.
A expectativa de investimento para 2025
Para minimizar os efeitos desses desafios, a área de COMEX segue recebendo investimentos. No setor de transporte marítimo, o foco será a melhoria da infraestrutura, com o objetivo de aumentar a capacidade de armazenagem. Em 2025, o investimento em infraestrutura portuária alcançará 19,7 bilhões de reais, abrangendo projetos como o túnel Santos-Guarujá e a expansão do terminal STS-10 em Santos. A meta é impulsionar o crescimento do setor em 162,4% até 2030.
No transporte aéreo, o foco também estará na modernização da infraestrutura aeroportuária. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) prevê um crescimento de 6% na demanda global por transporte aéreo, o que exigirá que o Brasil esteja preparado para essa expansão. A automação será a principal mudança nesse processo, com a inclusão dos aeroportos regionais para otimizar a eficiência.
Além dos desafios relacionados ao crescimento do próprio mercado, questões externas também impactam o COMEX. Um exemplo é a situação no Mar Vermelho, que agora, após uma trégua no conflito entre Israel e Hamas, viu uma redução nas tensões. Mesmo assim, muitas empresas ainda preferem redirecionar suas rotas por questões de segurança. Nos Estados Unidos, a nova presidência implementou taxações adicionais sobre produtos da China, México e Canadá, o que pode gerar novas oportunidades para o Brasil, mas também intensificar a concorrência.
No Brasil, uma importante mudança foi a sanção da lei que simplifica o sistema tributário como parte da Reforma Tributária. A implementação ocorrerá de forma gradual, com início em 2026 e conclusão prevista para 2033, o que poderá ter um impacto significativo no comércio exterior nos próximos anos.