Guerras, mudanças climáticas, congestionamentos nos portos e a escassez de contêineres, esses são alguns dos fatores que estão causando uma das maiores crises já vividas no mundo da logística. A combinação desses elementos tem causado pressão em relação aos custos e a organização das cadeias logísticas dentro do transporte marítimo, resultando em atrasos nas entregas e mudanças nas rotas estabelecidas.
Diversos fatores influenciam as rotas marítimas e, quando eles são alterados, os impactos no transporte se tornam diretos. Por exemplo, desde 2023, os ataques de rebeldes Houthis no Mar Vermelho interromperam uma das principais rotas marítimas globais, obrigando os navios a desviarem pelo Cabo da Boa Esperança.
Essa mudança pode parecer pequena quando falamos de rota, mas pode acarretar um aumento de até 14 dias no transporte de cargas, o que, consequentemente, eleva os custos do frete e atrasa a entrega programada.
Porém, a logística trabalha por meio de uma cadeia, quando há atrasos ou aumento de custos, resulta no acúmulo de cargas nos portos, criando congestionamentos e afetando todo o processo. O Porto de Santos, próximo a Libraport, é um exemplo de local que está enfrentando congestionamentos regulares.
A escassez dos contêineres
O cenário de crise se agrava com a diminuição da oferta de contêineres e o aumento nos custos de transporte, prejudicando ainda mais os processos. A escassez de contêineres reflete a instabilidade global, causado pelo aumento das tensões geopolíticas, mudanças climáticas e bloqueios econômicos.
Esses fatores têm gerado incerteza nos principais portos do mundo, levando ao colapso de parte das operações logísticas. Segundo a matéria publicada pela Forbes Brasil, em alguns casos, os preços dos contêineres subiram até 256% em poucos meses, como observado nas rotas entre Xangai e a Europa.
Muito além de transportes e rotas
Além disso, as condições climáticas também impactam as rotas marítimas. A seca, por exemplo, afeta os locais por onde os navios precisam percorrer. Um exemplo claro desse impacto é o encalhe do navio Ever Given no Canal de Suez, em 2021, e as dificuldades enfrentadas no Istmo do Panamá devido à seca.
O Canal de Suez, antes uma via estratégica entre a Ásia-Pacífico e a Europa, teve seu volume de operações reduzido em até 80%. Como resultado, os navios começaram a percorrer trajetos mais longos, adicionando de 10 a 15 dias à viagem, o que representa 3.500 milhas a mais em cada trajeto.
O deslocamento desses navios leva em consideração fatores como economia de combustível, condições climáticas e oceanográficas, além da proximidade de portos para emergências e possíveis paradas. Quando é necessário desviar para uma rota mais longa, todas essas considerações passam a ser impactadas.
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) constatou que rotas mais longas aumentam o consumo de combustível e as emissões de gases de efeito estufa, ou seja, além da crise na logística, geramos impacto também na cadeia ambiental.
Por exemplo, o trajeto entre Singapura e Roterdã, que antes era mais eficiente, agora emite 70% mais poluentes devido ao maior consumo de combustível. O transporte marítimo, que já é responsável por 3% da poluição ambiental global, tem causado mais danos ao meio ambiente, agravando a crise climática.
O índice de frete de contêineres atingiu picos históricos em julho de 2024, quando os preços chegaram a US$ 5.937 por contêiner de 40 pés, mais de três vezes o valor registrado no final de 2023. Embora se espere uma redução gradual nas tarifas para o ano de 2025, devido à estabilização da oferta de navios e à queda na demanda global, o impacto das tensões geopolíticas, das mudanças climáticas e dos congestionamentos nos portos ainda representa riscos iminentes para a recuperação do setor.
A crise atual do transporte marítimo revela a fragilidade das cadeias globais de suprimento e destaca a necessidade de repensar a maneira como as operações logísticas são conduzidas. Para diminuir os impactos dessa crise, é essencial buscar práticas mais sustentáveis e diversificar as rotas de transporte.
Empresas como centros logísticos em Campinas, que atuam em localizações estratégicas, próximas a zonas de entrega e armazenamento de cargas, podem ter um impacto positivo, oferecendo um transporte mais rápido e eficiente, sendo clia, assim como a Libraport, estamos aqui para simplificar o processo logístico e buscar soluções que reduza o impacto da crise dentro da cadeia de transportes. Nossas soluções buscam a redução de tempo de entrega por meio de um único intermediário entre a sua empresa e a Libraport, entre em contato com o nosso time comercial, e conheças as oportunidades de solução para a sua empresa.